" Quando acordou estava em uma casa desconhecida e a seu lado, a mulher com quem saíra na noite anterior. Levantou-se e rapidamente se vestiu. Foi embora sem despedidas, carregando nas mãos um lenço que caíra do bolso da frente do paletó e na consciência, o remorso de não ter cumprido a promessa feita a sua esposa. Agora não sabia como iria explicar isso."
As pessoas estão sujeitas
todo o tempo ao que costumamos chamar pecado.
O pecado, por sua vez, é precedido do que chamamos tentação. Tentação “é
uma situação em que a vontade tem que eleger entre duas opções, e sabe que uma
opção é boa e outra má, mas se sente atraído a escolher a má”. Não temos aqui
uma questão de inteligência, pois se não houvesse conhecimento de que essa
opção é errada, pecar-se-ia por ignorância, e portanto, não se pecaria. Para
pecar deve existir consciência de que o que está sendo escolhido é errado. “Não
existe pecado sem má consciência”. Outro pré-requisito para o pecado é a nossa
capacidade de escolher, ou seja, nosso livre arbítrio. Por quê? Veja
bem, se nós não tivéssemos a capacidade de oferecer resistência ao pecado, ele
seria nossa única opção, portanto, também não seria pecado, mas o único que
poderia ser feito naquele momento. É pecado por que podemos escolher, e nós
escolhemos o que queremos. Ou não somos donos de nossas próprias decisões?
De fato, que a carne é fraca
todos sabemos, e é Palavra (Mt 26, 41), existem inúmeras tentações que provém do nosso
interior, não necessitamos de ninguém para sermos tentados. “Basta a liberdade
para poder usá-la mal”. Também é Palavra que o demônio tenta (I Pd 5, 8). O que deve
ficar bem claro é que, sempre, diante de uma tentação existe a possibilidade de
sairmos dela, uma vez que nem o demônio é capaz de alterar a nossa vontade
própria. “O demônio pode introduzir pensamentos, imagens ou recordações, mas
não pode introduzir-se em nossa vontade”.
Portanto, meus caros,
cuidemos de nossos corações, pois a tentação mora ao lado, mas também habita em
nós. Peçamos de Deus a força para resistir a ela todas as vezes em que bater a
nossa porta.
E lembremos: “Deus é fiel:
não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação,
ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela” (I Cor 10, 13b).
E que o Senhor não
nos deixe cair em tentação, mas nos livre do mal.
Amém.
Rafaelly Oliveira.
O conteúdo formativo desta postagem foi retirado de :
FORTEA, José Antônio. SVMMA DAEMONICA, tratado de demonología y manual
de exorcistas. Editorial Dos Latidos, 2004.
0 comentários:
Postar um comentário
Olá! Poste o seu comentário para fomentar a discussão... No entanto, evite palavras grosseiras ou expressões desafinadas! Seu comentário será moderado!